Foto de Raimundo Pereira de Magalhães - Vista da Avenida (Google Mapa)
Referência:
Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, com 18 quilômetros de extensão, perpassando os bairros de Pirituba, Taipas e Perus.
Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, com 18 quilômetros de extensão, perpassando os bairros de Pirituba, Taipas e Perus.
Quem foi Raimundo Pereira de Magalhães?
Raimundo Pereira de Magalhães nasceu em Portugal no ano de 1871, onde também faleceu em 1934.
Os enxertos abaixo foram extraídos de dois jornais antigos e se referem a esta notável figura, a qual muito contribuiu para o comércio brasileiro. Trata-se da notícia do falecimento deste ilustre português, que fincou raízes no Brasil, onde prosperou e onde investiu com seus próprios recursos para o progresso do país.
Quanto sua importância para o Estado de São Paulo, foi o fundador da Cia. Industrial Suburbana, no bairro da Lapa, posteriormente transformada na Companhia Suburbana Imobiliária. Entre muitos outros investimentos, doou uma gleba de terra à Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, cuja finalidade era a construção de uma Estação de Trem, que se localizava entre as estações Lapa e Pirituba, à altura do km 88.
Na petição para a criação da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 1959, são elencadas as razões para a escolha do referido nome:
“Sugerimos, outrossim, que tal via pública seja denominada Avenida “RAYMUNDO PEREIRA DE MAGALHÃES”, por ter sido este o precursor e executor desse grande parque industrial, fazendo realizar com recursos próprios, sem ônus alguns aos poderes públicos, as obras de desvios, viadutos e tudo o que foi necessário para transformar a propriedade insalubre que era em excelente centro industrial e de residências proletárias saudáveis sendo esta parte conhecida como Vila Anastácio, e a outra, Companhia Suburbana Imobiliária, da qual foi o fundador e presidente, até o seu falecimento, em 1934.”
São Paulo, 22 de dezembro de 1959.
NOTÍCIA 1:
“O desaparecimento, em Portugal, do senhor Raimundo Pereira de Magalhães, ocorrido no dia 22 do mês próximo findo, causou grande pesar nos círculos comerciais e industriais desta Capital.
Tendo chegado ao Brasil criança
ainda, o Sr. Raimundo Pereira de Magalhães era muito acatado nos meios onde exercia a sua profícua atividade.
Ao aportar à Bahia encaminhou-se
para o sertão daquele Estado, indo trabalhar na fazenda de um parente que ali
morava. Transferindo-se para a cidade de
São Salvador, o Sr. Raimundo Pereira de
Magalhães dedicou-se à carreira comercial, fundando então a firma Sá Ferreira
& Magalhães, à qual sucedeu a nova
razão social de Magalhães & Cia.,
atualmente Sociedade Anônima Magalhães.
Na extinta Comissão de Defesa da
Produção do Açúcar, o Sr. Raimundo Pereira de Magalhães representou os
usineiros da Bahia, prestando o concurso valioso da sua competência e da sua experiência
nas oportunidades que se fizeram mister.
A colônia portuguesa do Rio de Janeiro tinha-o na conta de um grande benfeitor
e amigo.”
Brasil Açucareiro, março de 1934.
NOTÍCIA 2:
“Faleceu ontem em Lisboa, o Sr. Raimundo Pereira Magalhães, um dos maiores vultos da colônia portuguesa no Brasil e uma das figuras do grande projeção no comércio do nosso país.
Vindo para o Brasil aos 15 anos
de idade, o pranteado cavalheiro ingressou no comércio da Bahia, onde graças ao
seu pendor pela profissão e admirável operosidade pouco tempo depois se estabeleceu.
A sua firma, prosperando a cada momento, veio a transformar-se mais tarde na poderosa
organização S.A. Magalhães, com sede na Bahia e no Recite.
O extinto aliava ao seu tino
comercial apreciáveis qualidades do caráter o um coração magnânimo, quo o
faziam credor da estima e admiração de todos os que privaram de sua amizade.
A notícia do seu falecimento
ecoou dolorosamente no céu do alto comércio do Recife.
O extinto, que contava 63 anos de idade, era casado com a
sra. dona Elisa Magalhães já falecida, de cujo consórcio deixou oito filhos,
dos quais destacam os srs. Nestor, Elísio e Oscar Magalhães, diretores da
importante firma.”
Diário de Pernambuco, 23 de fevereiro de 1934.
Em relação
à construção da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, deu-se ela durante o
governo de Washington Luís, a partir de 1920, oficialmente denominada de SP-332,
mas que fora chamada de "Estrada Velha de Campinas". Para sua criação
foram empregadas a mão de obra de presidiários, conforme lei estadual nº 1.406
de 1913, que dizia:
Estabelece o regimento penitenciario no
Estado de S. Paulo.
O doutor Carlos
Augusto Pereira Guimarães, vice-presidente do Estado de São Paulo, em
exercicio.
Faço saber que o
Congresso Legislativo decretou e eu promulgo a lei seguinte:
Artigo 1.º - Os presos condemnados a prisão cellular com trabalho obrigatorio em commum, nos termos do artigo 45, do Codigo Penal, devem tambem receber instrucção educativa e observar a disciplina regulamentar.
Artigo 1.º - Os presos condemnados a prisão cellular com trabalho obrigatorio em commum, nos termos do artigo 45, do Codigo Penal, devem tambem receber instrucção educativa e observar a disciplina regulamentar.
§ unico. - Nas prisões se observará em relação aos
condemnados a seguinte distribuição de tempo por cada periodo de vinte e quatro
horas:
a) trabalho, oito horas;
b) instrucção educativa, hygiene, alimentação,
oito horas;
c) repouso, oito horas.
***
Anúncio de comércio localizada na antiga Estrada Velha de Campinas (1957)
Notícia de um crime ocorrido na Estrada Velha de Campinas ("A Última Hora" 15/01/1959)
Notícia de acidente na Estrada Velha de Campi("O Jornal" (15/09/1954)
Notícia de acidente na Estrada Velha de Campinas ("Diário de Natal" (13/09/1960)
Notícia de acidente na Estrada Velha de Campinas ("Diário de Natal" (13/09/1960)